Faça a si mesmo a seguinte pergunta:
Onde viverei o resto da vida!?
A resposta certeira é: no futuro!
Isso lhe parece estranho porque nosso amor e conexão com o passado são muito fortes, com nossa família, pais, infância, raízes, e com tudo aquilo que nos fez chegar ao lugar onde estamos.
É óbvio que o passado nos sustenta e nos abençoa, mas a boa vida se encontra no futuro. Esteja sempre a escuta: o futuro não deixará de convocá-lo com seu canto ineludivel.
Os horizontes de amanhãs que parecem distantes porão seus pés firmes sobre as pegadas do caminho que você deixará ao andar!
Olhar para o futuro e quere-lo nos sustenta da mesma forma que nós sustentaram nossos pais e antepassados.
O que o passado mais agradece é um futuro belo. O que nossos antepassados mais agradecem é o progresso, a luz, a felicidade de seus descendentes. Nunca deixe de se orientar para o amanhã!
Os budistas dizem que o passado é um cemitério, dele só nos restam imagens e recordações. Também dizem que do futuro só temos promessas, que só o presente existe. É verdade: a vida se torna sólida serena e resplandecente no presente silencioso. É seu refúgio natural, sua morada. Nossa essência só conhece o agora e sua ventura. Ela vive em nós o presente eterno. E não pode haver nada mais triste e sombrio do que uma mente presa nas feridas do passado. Nunca se escuse no passado a ponto de deter sua vida. Nunca diga: minhas feridas são tão grandes que não tenho mais forças.
Reflexões sobre a segunda ordem da existência.
A chave para uma boa vida/ Joan Garriga.
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