Como podemos aceitar nossos pais e suas moedas na prática diária?
- Neiva Klug
- 19 de nov. de 2021
- 1 min de leitura

Por meio da humildade e amparados em um desejo verdadeiramente real de ser livres e felizes. Na realidade, nós mais tememos a plena liberdade do que a desejamos, porque ela nos deixa despidos diante de nossas mais profundas verdades e da responsabilidade de nossa vida. Acabaram-se as desculpas e as acusações.

O mesmo ocorre com a felicidade: é mais cômodo procurá-la que vivê-la agora. Muitas pessoas preferem sofrer e reclamar que agir e tomar a vida em suas mãos, gozando de sua parcela de bem- -estar e se desenvolvendo em direção a seu interior feliz.
Além disso, a pretensão de não aceitar os pais é isto, pretensão. Porque quem somos nós para não aceitar algo que a vida determinou? A vida impõe sua realidade e nós podemos, no máximo, nos esgoelar em vão, gritando que deveria ter sido diferente, mas só perdemos nossa energia com isso. Há uma máxima de certas tradições de sabedoria que diz o seguinte: "Consentimento é libertação". Ou ao contrário: "Oposição é sofrimento".
Aceitar nossos pais e honrá-los tal como são tem consequências, a principal delas é nos comprometermos com a vida que temos. No fundo, honrar os pais significa fazer algo de bom com a vida que nos deram e exercer nossos dons e talentos. Algumas pessoas preferem não aceitar seus pais para se poupar do trabalho de levar a vida a sério e preferem sofrer, e com isso fazem sofrer os demais.
Do livro de Joan Garriga Bacardi, "Onde estão as moedas."
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