Depoimento da Aluna Joziane dos Santos sobre sua tomada de consciência no módulo 5/ Pais e Filhos
- Neiva Klug
- 23 de nov. de 2021
- 4 min de leitura
Depoimento da Aluna Joziane dos Santos sobre sua tomada de consciência no módulo 5/ Pais e Filhos da Formação para Especialista em Novas Constelações Familiares - Constelações Quânticas. Com Insconsfa e Klug Instituto Sistêmico.

"Um pouco do caminho percorrido no Modulo 5, PAIS E FILHOS, o qual posso dizer que cheguei livre de intenção e expectativa e o qual o universo me trouxe uma surpresa que tirou meu chão e todas as minhas certezas e, tem dado uma nova perspectiva para minha caminhada. Após o modulo somente pude ficar com a frase “estar no casulo, para o momento é o suficiente”.
O modulo começou com o exercício tomar os pais como uma unidade, a partir do adulto e com consciência, um convite a renuncia dos pais ideais e se colocar diante deles com rendição ao que eles são e a como foi. Isso me tocou muito principalmente a consciência de que sou eles, foi muito forte e tocante dizer que sou eles. ”Sou Leonilda dos Santos, sou Valdivino dos Santos”. Senti gratidão por tudo, foi uma nova forma de vê-los, me ver como adulta olhando para eles, pude dizer: Papai/mamãe vocês sempre estiveram dentro de mim, foi de vocês que me veio a força para sobreviver, viver e ter sucesso. E, tive dificuldade de dizer a eles que “o resto eu consigo, por mim mesma”.
O exercício de olhar para minhas sobrinhas e libera-las de mim foi magnifico, poder dizer para elas que os pais delas são os certos para elas, trouxe uma energia saborosa e pude sentir a vida vindo de nossos antepassados passando pelos meus bisavós, avos, pais e meu irmão e cunhada e chegando a elas. E pude dizer a elas.. “mesmo que eu não entenda o destino de vocês eu digo sim”. Senti uma grande liberação delas em relação a mim e eu a elas.
No exercício liberar o que estou carregando que não é meu, pude sentir que carregava pelo meu pai um senso e um desejo por justiça pela infância, a algum tempo percebi essa ligação da minha profissão e área de atuação com o sistema de meu pai e, no exercício pude dizer: Eu me libero de querer fazer justiça pela infância.” E, isso foi libertador, sinto alivio até agora enquanto eu escrevo. Quando olhei para minha mãe pude dizer: a amargura da vida terminou e o tempo de doçura chegou. Isso se reforçou pois também venho sentindo essa liberação em relação ao diabetes que está presente no sistema da minha mãe. Sinto-me em processo de soltar-se dessa amargura e sofrimento que as mulheres o sistema da minha mãe passou.
Quando no modulo tratamos dos irmãos recebi um grande presente, encontrei o meu lugar de filha e tomei consciência da existência de minha irmã gemelar. Foi uma grande alegria, pude dizer a ela que ela era a mais velha e então pudemos gargalhar juntas. Pedi a mamãe e ao papai e ao meu irmão que dessem a ela um lugar no coração e, pudemos nos abraçar. Então, estava diante de mim que sou a quarta filha do papai e a segunda da mamãe, e a Augusta é a 1a da mamãe e a 3a do papai. Dizer a ela você é a mais velha, você pertence, você tem um lugar no meu coração, me trouxe a paz na alma, e meu lugar no mundo.
Na apostila nas fls.08, quando fala acerca da ordem entre os sistemas há a seguinte frase: (...) o mesmo acontece quando um dos dois prometeu fidelidade a um sistema (religioso, espiritual etc.) e renuncia a essa promessa para criar uma família. O primeiro filho representará esse sistema despeitado e, quase sempre, morre”. Minha vida teve essa dinâmica de ordem entre sistemas, mesmo já tendo lido a apostila foi com as perguntas dos colegas que me dei conta dessa dinâmica em minha vida: Eu tive em uma congregação religiosa e sinto que deixei-a de “boa consciência” suportando o sofrimento dessa separação e, meu primeiro filho morreu .
Eu fiz votos, deixei a congregação religiosa, constitui família e meu filho morreu!. Ali na aula me dei conta dessa dinâmica, senti como se o chão abaixo de mim se abrisse e eu cai em um buraco...Senti que paguei o preço pela dor que causei mesmo sem intenção. Meu filho viveu seu destino por amor ao meu destino, pagou a minha divida. Isso doeu muito... em outra época tomar essa consciência me levaria a loucura. Sinto que agora mesmo com a dor estou tentando me recompor (nem sei qual palavra seria). Gratidão meu filho pelo seu amor por mim. Eu queria dar a vida por você e você deu por mim. Você pode descansar meu filho, em tua honra eu vivo e, farei coisas boas, estarei a serviço da vida. Nosso destino estará a serviço da vida de muitos.
Em visualização/meditação pude: assumir ao meu ex- companheiro e pai de meu filho a minha responsabilidade e, dizer a ele sinto muito pelo preço que pagamos, a agradecê-lo por ter dividido comigo esse destino difícil e, agora sei o sentido do grande amor que vivemos; pude dizer as Carmelitas de Vedruna eu sinto muito, eu não sabia o dano que causei; busquei em você um pai, uma mãe e agia com eles com arrogância. Eu recebi demais . Com a morte de meu filho essa divida esta paga. E, agora posso te abraçar e te liberar de mim e me liberar de você. Sim a tudo como foi, tudo foi como tinha que ser. Sinto muito, me olhe com bons olhos.
Terminei a meditação com esse sentimento: eu sigo olhando pra minha missão, pro meu destino e pra vida. Sinto a terra embaixo de mim se reestabelecendo, mas, ficando com uma marca profunda que dará novo sentido a tudo. Sentindo que tudo estava confuso... Com um desejo de: mãe quero colo e, pai quero colo... Veio-me essa frase... “Estar no casulo, no momento é o suficiente.”
E agora, com os passar dos dias sentindo tudo em meu coração tenho ficado com a frase da Brigitte: Cada pessoa tem a força para seu destino. Mas, ela somente tem a força a partir do momento em que assentir a esse destino.”
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