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Pela necessidade de fazer parte, a criança dentro de nós quer assemelhar-se a alguma pessoa querida, por exemplo, a sua mãe doente. Quando sofre o mesmo que a mãe, ela sente-se unida com a mãe no amor. Para conservar ou recuperar a saúde essa criança precisa da benção da mãe. E justamente quando a olha nos olhos, o mesmo amor que a fez adoecer, permite e até mesmo exige que, com a benção da mãe faça de tudo para recuperar sua saúde. Portanto, este amor não deve considerar apenas o próprio coração. Deveria atentar também para o amor da mãe, que deseja o bem da criança mais que seu próprio. Em outras palavras, esse amor cego precisa abrir os olhos para que essa criança ao invés de adoecer com inocência, fique sã com inocência.
Muitas vezes porém esse amor cego conduz não somente a doença, mas também a morte, quando a criança diz a falecida mãe, ou falecido pai “Quero estar com você, quero seguir você” esse anseio é irresistível em alguns doentes e requer muita força para fazer retornar a vida.
Também aqui o amor cego precisa abrir os olhos, encarando por assim dizer a pessoa querida que faleceu e perceber que o anseio de estar com os mortos não alcança o fim desejado. Pois a morte é mais do que um reencontro, e causaria dor aos mortos se um vivo pensasse que sua morte lhe permitiria reunir-se a eles e a si mesmo. Nesse particular é necessário haver um esclarecimento e uma compreensão depuradora de nossos desejos mágicos. Desse amor cego também nasce a idéia de que é possível morrer no lugar de outra pessoa para que ela se cure, continue viva ou não precise mais expiar por uma culpa sua. – na pressuposição de que um tal sacrifício apagaria a culpa pessoal. Nesse contexto a doença e a morte que ocorreriam como consequência do amor, estão em associadas a boa consequência.
"Conflito e Paz", Bert Hellinger
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