Candidatos a dor!
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Ao escolher um caminho de amor, tornamo-nos candidatos a dor! Quando isso acontece, temos de nos abrir e aceitar a possibilidade de que em algum momento, algum dia, talvez o amor machuque. Com o amor, enriquecemos nossa vida, ampliamos, ganhamos, mas em algum momento ela se retirará de novo e perderemos. Tudo tem um limite, e um dia perderemos o companheiro e virá a dor: com a morte, com o divórcio, com o desencontro.....Sem abertura a dor não há relacionamento, intimidade ou vínculos significativos.
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Quando ocorre uma ruptura amorosa, o mais habitual é que se desencadeiam muitas emoções e vivências, algumas agradáveis, como libertação, sensação de esperança ou abertura, mas outras incômodas, como medo, desestruturação, fracasso, culpa, raiva, vergonha, dor. Consideramos a maior parte negativa, porque são coisas difíceis de viver e acolher, embora imprescindíveis para completar o processo e sairmos fortalecidos da situação.
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No fundo a simples dor por termos perdido o outro é a mais habitual e dura. Mesmo quando se sente uma grande libertação por ter saído de uma situação insatisfatória, se é que houve uma genuína conexão, cedo ou tarde a face da dor vai aparecer, por deixar o conhecido, aquilo que se amou, e a incerteza e o medo de enfrentar algo novo, ainda mais quando o casal tem filhos e seu status que no cotidiano cai por terra.
A vivência da dor é um ingrediente necessário para completar o processo com sucesso e ser capaz de recriar o futuro.
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Constantemente nos despedimos de algo do passado e abrimos caminho para algo futuro.
Viver nos obriga ao exercício constante de saber abrir e saber fechar, começar e terminar, expandir e contrair, ganhar e perder, ampliar e reduzir, amar e sofrer. É o grande jogo da alma que também acontece em nosso corpo. Inspiração, expiração!
Tomamos o fôlego necessário e exalamos o velho que já cumpriu sua função.
Sistole, seguida de diástole.É um pulsar constante: tomar e soltar, tomar e soltar, tomar e soltar.
É o mantra da vida!
Ao abrir seu coração ao amor, é preciso concordar que talvez doa.
Se enfim, chegar a traição, o desamor, ou a ruptura inesperada e nossa autoestima posta a prova, já adultos e mais sábios, não mais crianças indefesas, nossa capacidade de valorizar a nós mesmos, de continuar nos amando, é posta a prova.
Nesses momentos importa saber que temos valor, independente se o outro nos valorize ou não, e que temos valor pelo fato de estarmos aqui, de existirmos.
Importante lembrar também que nossa capacidade de amar permanece, e com o tempo essa capacidade encontrará um novo caminho, uma nova relação, outra pessoa ou outras pessoas.
Importante nesse momento não dar voz e espaço aos fantasmas que aparecem nos dizendo que tudo acabou, nunca mais encontraremos alguém que nos ame, que morreremos de tanta dor...e blá blá blá!!!
Vou trazer aqui o primeiro dos Doze princípios que definem os casais hoje:
Sem você eu não poderia viver / Sem você eu também estaria bem!
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Somos dois adultos que caminhamos com nossas próprias pernas, não duas crianças buscando seus pais.
Sem você, sem você estou bem, mas sua presença e sua companhia alegram meu coração!!
Reflexões baseadas em O amor que nos faz bem e Bailando Juntos.
Joan Garriga.
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