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O que faço com a minha violência?


A violência entre homens e mulheres é cada vez mais visível hoje.

Os paradigmas que utilizamos para compreender está violência e preveni-la já não são adequados e talvez façam parte do agravamento da situação.

Qual é, qual será a polaridade que equilibra esse sofrimento?

Onde escondeu o amor e o respeito dos adultos!?

Os conflitos são os portais para saltos para mais amor, mais felicidade, e mais humildade. Dentro dessas relações difíceis, comuns a muitos, percebe- se também como o respeito, o apreço e o amor percorreram várias gerações, ampliando campos mórficos que contrabalançam a presença de dívidas passadas.



O caminho para homens e mulheres alcançarem o amor aqui é este:

O homem precisa levar os pais, dessa forma ele conhecerá o mundo das emoções e do amor, não apenas dos impulsos, e adquirirá forças para ver sua parceira como ela é, deixando de lado o medo da mãe. As mulheres precisam se desapegar do passado, parar de olhar para o sofrimento, a humilhação e o ressentimento das mulheres anteriores, para descobrir o homem presente diante delas, com os próprios olhos, e não com os olhos da mãe!



É importante perceber que o casal é o lugar por excelência da manipulação e portanto das relações violentas. A humildade e a honestidade nos permitirão reconhecer que o casal é uma grande escola de crescimento. Escolhemo-nos uns aos outros porque os nossos sistemas familiares precisavam de nós juntos, para nos curarmos graças a nossa transformação em adultos. Cada conflito e início de manipulação será um chamado para assumirmos as nossas próprias deficiências e aprendemos a respeitar as do outro.

Nas situações de violência num casal em que ambos vivem juntos por decisão própria, se quisermos ajudar eficazmente teremos que ver a coragem de reconhecer que se trata de uma luta de manipulação em que cada um tem metade da responsabilidade.



A violência só pode parar quando ambos reconhecerem o seu papel. Ambos foram escolhidos por causa do que aconteceu depois.

A pessoa que faz o papel de vítima é quem desencadeia a agressividade do outro. Quem faz o papel de vítima é um perpetrador oculto que não assume responsabilidades. Através de seus conflitos, por um lado tenta resolver um trauma do passado, ressucitando-o desesperadamente, na ilusão de que o outro se transformará na fada madrinha que resgatará a criança sofredora escondida em cada membro do casal. Essa ilusão é um jogo desonesto entre dois adultos que não querem assumir as suas frustrações ou medos. Mudar um jogo onde ambos sempre perdem. E, por outro lado, ambos estão a serviço das desordens de seus sistemas familiares, desde o "eu por você" ou eu "como você" inconscientemente foram levados na repetição, na expiação,ou na vingança de seus parentes e antepassados.




Esses conflitos clamam pela decisão de cada um de escolher uma posição adulta, humilde, deixando de dar mais importância a si mesmo do que ao outro, vendo a dor oculta do outro, e reconhecer sua capacidade de resolverem ou assumir suas próprias necessidades.

As palavras chave são: Eu sou como você! Obrigado por ser como és!

A reconciliação entre homens e mulheres, juntamente com a conciliação entre vítimas e perpetradores, é aquele que cria mais energia, aquele que consegue a maior transformação para todos.

O que podemos fazer para alcançar esta reconciliação entre homens e mulheres?

Primeiro, precisamos reintroduzir o conceito e respeito por todos de forma igual. Independente do que cada um tenha feito, sem tirar sua responsabilidade nem ser seu juiz.

Também precisamos reaprender o conceito de privacidade ou intimidade. O que aconteceu entre duas pessoas só pode ser resolvido entre elas. Se alguém interferir entre os dois, mesmo que a profissão assim o exija, tomando partido um contra o outro, impedirá que ambos assumam a sua parte, o seu sofrimento ou a sua culpa e, portanto, impedirá a reconciliação!




Logo, temos que aceitar a necessidade de sermos diferentes, renunciar ao auto encanto e a manipulação, aprendendo a dar-nos conta de viver desde a consciência plena, conectados com o momento presente, cada um assumindo suas próprias necessidades.

A tarefa é grande: equilibrar nossas dívidas, criar ressonância e novos campos mórficos de compaixão e respeito com as nossas próprias ações, e ajudar de adulto a adulto dos outros.

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