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Os transtornos mentais na visão sistêmica

Atualizado: 19 de jul. de 2022



A Nova Medicina Germânica, da abordagem do Dr. Hamer, nos explica como a doença mental segue o mesmo esquema que a doença física, com a única diferença que esta doença se inicia ao existirem dois conflitos , um em cada hemisfério. Esses dois conflitos em oposição confirmam o que vemos em constelações : o doente mental tem identificação com dois ancestrais antagônicos, um perpetrador e sua vítima. E o doente é tomado a serviço da reconciliação entre os dois , já que ele mesmo vive as duas energias ao mesmo tempo.


Na distribuição dos vínculos sistêmicos , ás vezes convergem sobre uma mesma pessoa os vínculos de várias pessoas que participaram de um mesmo crime secreto, e não foram tomadas por seu entorno, e nem assumiram seu destino. A reconciliação está bloqueada e o enfermo é o que foi escolhido para estar a serviço dessa reconciliação necessária e impossível: ele é ao mesmo tempo tudo o que foi excluído , rejeitado e desprezado; ele é ao mesmo tempo , as vítimas e os perpetradores. Essa pessoa se torna "louca" , se torna psicótica. Ou, dito de outro modo , as intrincações, ( emaranhamentos ) com várias pessoas, concretamente com a vítima e o perpetrador ao mesmo tempo , criam perturbações psiquiátricas graves.


A meta desta convergência de intrincações ( emaranhamentos ) sobre uma mesma pessoa é a necessidade de reconciliação que tem o sistema. Essa pessoa está a serviço da reconciliação das vítimas e perpetradores que participaram no crime familiar. O papel sistêmico do transtorno mental é muito relevante: permite a coesão e a saúde do resto da família. É uma coesão rígida que limita muito a individuação de cada um dos seus membros; porém é uma coesão que se mantém graças ao transtorno. Hellinger reinvindica a re-dignificação do psicótico , na medida em que é uma pessoa que salva (protege) o resto da família da doença. Hellinger:


''Quando o assassinato é cometido dentro da família, é terrível demais para poder vê-lo. Então, mais tarde, alguém representará a ambos, vítima e perpetrador, e como eles não estão reconciliados, essa pessoa vai se tornar esquizofrênica. A solução é a reconciliação dos ancestrais, pois a esquizofrenia não é uma doença individual. E, em cada geração, há alguém que deve tomá-la, se não, outra pessoa a leva em seu lugar"



Os sistemas são atravessados por duas forças: uma conservadora, de coesão, de fidelidade ao grupo de pertencimento; e outra dinâmica, criadora, de autonomia e individuação a seus membros, sob pena de revelar o segredo e pôr em risco a sobrevivência dos grandes do sistema. Uma doença psiquiátrica é um sistema familiar: toda a família está intrincada (emaranhada ) nesse crime secreto ou não assumido de várias gerações anteriores. A vida de cada pessoa da família de origem do enfermo está bloqueada neste emaranhamento. O pai está emaranhado com o excluído vítima, a mãe com o excluido perpetrador, o enfermo com ambos ( vítima e perpetrador ) e os demais irmãos vão se dividindo entre um ou outro ancestral excluido. A mãe carrega o medo dos perpetradores, áqueles a quem é fiel, os quais tem medo de serem descobertos. E, para impedir isso, ela impede que algo se mova.


Nas doenças psiquiátricas, o maior excluido é o pai, há pelo menos três gerações. E, para que se declare uma doença psiquiátrica, é necessário um emaranhamento com vários segredos, não apenas com um.


Quando só existe um segredo, teremos sintomas mais leves, como os tiques ou a gagueira. A constelação alivia o psicótico, pois ela re inclui os excluidos e permite que cada um termine o que deixou pendente. E só a conexão firme com Algo Maior, permite desenvolver a energia de cura. E, deve se tomar ao pé da letra seus delírios e seus sintomas. São a representação do que ficou sem integrar pelo campo ou sistema familiar.


Como toda doença, a doença mental é precedida de conflitos que o enfermo não consegue resolver por fidelidade ao seu emaranhamento. São conflitos de exclusão, de vingança e de expiação.


Baseado nos conteúdos de estudos em aulas de curso ministrado por Brigitte Champetier de Ribes. Instituto de Constelaciones Familiares.

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