top of page

Tirar as ervas daninhas do nosso passado!

Atualizado: 16 de nov. de 2024

Ao longo da história familiar sucedem-se incontáveis acontecimentos que tem um efeito benéfico, infundindo força, amparo e prosperidade, assim como outros que deixam uma marca de contração, dor e adversidade. O simples fato de estar vivos, sentir esperança e acreditar que a vida vale a pena, e que nos espera mais prazer do que angústia, constitui um antídoto essencial para a ruptura da mente.

O sistema familiar do qual viemos teve que lidar com uma diversidade de cenários complexos, incluindo situações de vida e morte. Algumas delas se transformaram em formas de energia expansiva que nos guiam, fortalecem e que estão presentes em nós por meio de nossos pais.

Outras deram como resultado problemas e conflitos herdados, que foram transmitidos por meio de silêncios e traumas não resolvidos por nossos antepassados.


Em consequência, explorar nossas raizes se torna uma questão fundamental na viagem da vida.

Ao tirar as ervas daninhas do nosso passado e lançar luz sobre as sombras daqueles que nos precederam, completamos o quebra -cabeças da história familiar.

Esse processo não só aumenta nossa consciência e liberdade, como também nos permite liberar nossos descendentes das cargas familiares que eles poderiam herdar, permitindo-lhes mais leveza no início da vida.



Muitas pessoas tem sua energia psíquica e emocional fixa no passado do qual procedem: olham para a infância, para o que foi, em vez de focar no que é ou será. Ficam ancorados em um ontem que não foi processado, que doeu tanto que não conseguem olhar para ele, como se fosse uma espécie de Medusa que nos petrifica.

Tudo isso fica escrito no corpo, pois o corpo guarda as marcas, como reza o título de um célebre livro do psiquiatra Bessel van der Kolk , especialista em trauma.

Mas a vida não se orienta ao passado, e sim ao futuro, e em um sentido mais amplo, a vida é agora, neste exato momento.



Dizem que cada instante contém a eternidade, e os agraciados ou abençoados pela bem-aventuranca de viver no agora são mais felizes, mais ditosos, como as crianças, que são capazes de mergulhar no estrito presente.



As vezes a grande rede dos que chegaram antes de nós - incluindo os nascidos e os não nascidos, os mortos em circunstâncias trágicas, os excluídos, os loucos, os viciados, os que foram mantidos em segredo e todas as peças faltantes do quebra - cabeças , exerce uma enorme influência que nos captura e nos confunde sem que saibamos.

Então os vínculos se transformam nas paredes de um labirinto que nos prende no passado.



Nas famílias as exclusões impactam de maneira dolorosa, e os excluidos tendem a ser representados por algum dos posteriores, de tal modo que fica amarrado a um papel que não lhe cabe.


Pode haver um trabalho de consciência mais urgente que liberar a nós mesmos dessas cargas e, de quebra também a quem vem depois?


Do Livro: Constelar a Vida/ Do amor cego ao amor lúcido.

Joan Garriga Bacardi

30 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page