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Transplante de órgãos - memória celular

Atualizado: 19 de jul. de 2022



Transplante de órgãos - memória celular - O que se observa nas constelações.

Pacientes transplantados manifestam traços de personalidade do seu doador. Familiares de doadores reconhecem o defunto no comportamento do receptor... Um fenômeno que incomoda, remexe e suscita uma pergunta: os órgãos tem uma memória celular?


Costuma-se considerar que a aprendizagem primeiro passa pelo sistema nervoso e, em seguida, pelo sistema imunológico. Consequentemente , os pacientes que receberam transplantes de órgãos periféricos não teriam que sofrer as mudanças de personalidade, nem adquirir os traços próprios de alguns doadores que nunca encontraram. Quando, após alguns transplantes de órgãos se observaram tais transformações, tentaram explicá-las através dos efeitos dos remédios imunossupressores, o stress psicossocial e por outra patologia preexistente dos receptores. Não obstante a teoria dos sistemas vivos enuncia explicitamente que cada célula viva possui uma memória e alguns sistemas funcionais determinantes. Por outro lado, a integração recente do conceito de energia na teoria dos sistemas ( chamada " teoria dos sistemas de energia dinâmica") permite lógicamente chegar a conclusão de que todos os sistemas dinâmicos armazenam informação e energia em graus variáveis.


O mecanismo de memória sistêmica constitui uma explicação plausivel da evolução das propriedades sistêmicas emergentes (novas) por meio de retroações recorrentes; isto é, pela circulação não linear da informação e energia que reflete as interações constantes dos componentes em uma rêde dinâmica complexa. Existem laços de retroação recorrentes em todos os sistêmas atômicos, moleculares e celulares. Por conseguinte, haveria que encontrar nestes sistemas provas de memória sistêmica , atômica, molecular e celular.


Uma história armazenada nos tecidos

O mecanismo de memória sistêmica foi aplicado a diversas observações controversas e aparentemente anormais nas medicinas suaves e alternativas, entre elas a homeopatia. Permite também tirar novas conclusões . Por exemplo , que os receptores sensíveis de órgãos transplantados podem manifestar alguns aspectos da história pessoal do doador, armazenados nos tecidos transplantados. Em 1977 publicou-se um Livro, entitulado '' Uma troca de coração" que relata as mudanças aparentes da personalidade observadas em Claire Sylvia, uma mulher jovem que recebeu um transplante coração/pulmão no yale New Heaven Hospital, em 1988. Declarou ter notado mudança em suas atitudes, costumes e preferências após a operação. Tinha desejos inexplicáveis de alimentos que não gostava antes. Por exemplo, apesar de ser uma bailarina e coreógrafa muito cuidadosa com sua saúde, quando saiu do hospital não pode resistir de ir a um fastfood para comer nuggets de frango, alimento que nunca consumia. Claire sentia-se atraida pelas cores frias e deixou de lado o vermelho e o laranja que gostava antes. Começou a comportar-se de maneira agressiva e impetuosa, o que não era próprio dela , mas sim, tipico do seu doador.


Um fato interessante: encontraram na jaqueta do jovem doador , no momento da sua morte, nuggets de frango frito do mesmo fastfood. O caso de Claire era muito peculiar porque recebeu uma quantidade muito importante de tecido novo (coração e pulmão): preocupava-se com a sua saúde, era aberta e sensível. Segundo Swartz e Russek , Claire Sylvia era , sem dúvida , o caso típico representativo da memória sistêmica.


Em constelações, conseguimos observar o que segue:


Em cada parte está o todo, e em cada órgão está toda pessoa e toda a sua história. De modo que , ao receber um órgão de alguém, aquele que recebe o transplante, recebe a pessoa inteira, recebe o o doador, seu sistema familiar e seu destino, e por compensação, já que agora deve a vida a esse doador , transforma-se no próprio doador e é adotado pelo seu sistema familiar.


O desejo do receptor de mudar o destino , de viver apesar da doença sem resolver a causa da doença, isto é , sem ter aceitado seu próprio destino, tem um preço. Sua sobrevivência terá o prêço de abandonar seu próprio destino e viver o destino do doador.


O destino daquele que recebe o transplante precisa ser honrado e aceitado antes de ser abandonado pelo do doador. E, para que não se produza uma rejeição do transplante depois da operação, o receptor precisa agradecer profundamente o destino do seu doador e seu sistema familiar e assumir as consequências do transplante.


O doador consciente de doar seus órgãos , costuma sentir-se superior à vida e ao destino, maior que a morte. Observou-se como várias dessas pessoas depois de doar um órgão em vida , ou simplesmente de decidir doar um órgão , transformam-se literalmente em zumbis, com problemas nos rins , que manifestam que perderam sua presença, porque a cederam a outra pessoa.


Extraído do Artigo: "Quando o outro vive em você "


Autores: Paul Pearsall - Gary E. Schwarz - Linda G. Russek



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