Um Olhar Sistêmico sobre a reprodução Assistida, Esterilidade, Abortos.
- Neiva Klug
- 15 de ago. de 2024
- 4 min de leitura
O Sistema Familiar-Olhado através das Constelações Familiares
Trata-se de um imenso avanço tecnológico que nos permite suprir a natureza a serviço da vida. Para tanto, há uma condição: que o desenvolvimento da consciência acompanhe isso. E, o que significa fenomenológicamente esses avanços tecnológicos?

A base da reprodução assistida, está na base da esterilidade. Temos que ter isso muito presente.O êxito virá primeiro pelo assumir essa condição de esterilidade; assumir esse destino, para só depois suprir, reparar. Atrás de toda esterilidade há muitas mortes de mães e abortos de gerações anteriores. Pode ser da própria pessoa, mas não é o mais frequente. O homem ou a mulher não sabe porque é estéril. E, se não pode fluir de modo natural é porque há uma grande tragédia ou culpa que bloqueia a possibilidade de ir para a própria individuação.

Estão retidos por uma grave transgressão às Forças do Amor. A solução pede que a pessoa no seu estado Adulto, assuma totalmente sua vida presente. Assumir o que lhe cabe, agradecer o que lhe cabe, desfrutar em sintonia com a vida o que lhe cabe. Frequentemente também atrás de um homem ou mulher estéril, houve muitos bebês mortos ao nascer, ou abortos, ou pequenos que morreram de fome. Em 2, 3 , 4 gerações atrás. Então um descendente não tem permissão para sua descendência própria pois seu amor está aprisionado. Um vivo adulto, sem saber, ama todos esses mortos.

Os abortos também estão a serviço da vida. Os espontâneos, em sua simbiose e amor, dizem para seus pais: eu morro por vocês. Ou, eu morro para que você viva. Sabe todas as intrincações dos seus pais. E a vida toda desse adulto vai ser decidir viver. E os filhos que ele decidiu ter tido, vão morrer para que ele viva. Quando o pai e a mãe agradecem aquele feto, isso produz nele grande emoção, e pode se retirar em paz.

A DECISÃO DE ABORTAR NÃO É MENTAL. É SISTEMICO. VEM DE UMA GRAVE INTRINCAÇÃO. E, independente das Leis, se a pessoa tem no seu destino um mandato ou a promessa de abortar, ela fará isso, independente da Lei da sociedade. Os profissionais de aborto, no nível individual, vão responder pelas consequências dos seus atos. No nível mais profundo do destino coletivo, também estão a serviço. Nas mulheres com endometriose há quase sempre uma intrincação com um profissional do aborto.

E a visão sistêmica sobre doadores de óvulos e espermas, e quem recebe essa doação para poder gerar filhos? Na visão superficial, são pessoas generosas. Na visão fenomenológica, são pessoas que abandonam os filhos antes de tê-los. Eles precisam ter filhos para abandoná–los. São pessoas demasiadamente aprisionadas no sistema, e no geral estão muito mais na morte do que na vida. Quando um casal procura um doador, forma-se ai um novo casal. Ex. A doadora de óvulos, será a nova parceira do homem. E a mulher real experimentará sentir-se como traída pelo marido. Se for um doador de esperma, é o homem que vai se sentir traído.

Quando um casal utiliza um doador, quase sempre esse casal se separa. O preço é muito alto para ter filhos, e o sistema não permite. A família que utiliza um doador, terá que introduzi-lo no sistema. Esse filho terá 2 pais biológicos e um pai adotivo como pais.
É preciso lembrar que esse doador estará ali por toda vida. É o progenitor biológico desse filho. Estamos incluindo os embriões e esquecendo o doador. E, esse filho, também pertence ao sistema familiar do doador, que é doente, aprisionado. Percebe-se através da constelação a importância da inclusão desse pai/mãe doador e seu sistema, especialmente seus pais (avós) da criança. Lembrar que esse doador pode ter muitos filhos, e essa criança terá muitos irmãos. Que podem ser vivos, mortos, embriões, e por isso, a vida desse filho às vezes pode ser muito dura. Também devemos lembrar que quando há a seleção dos embriões, um é escolhido, e os demais são mortos ou congelados. Os embriões mortos ofereceram sua vida para que um sobrevivesse. Isso está a serviço da vida, precisa ser reconhecido, incluído, reconhecido. Aquele responsável por essas mortes, primeiro o profissional responsável por essa prática, perante o sistema familiar é considerado perpetrador. E como tal precisa ser incluído junto com suas vítimas.

Como isso comumente não acontece (deve ser feito através de uma constelação) esse filho pode se tornar no futuro alguém que carrega uma grande energia assassina. E não entende, ninguém entende porque. Isso desaparece assim que o médico é incluído como perpetrador, e os irmãos incluídos e liberados. As vezes também ocorre que esse filho vivo fica muito bravo com seus pais. Isso é pela morte dos irmãos. E é preciso que os pais assumam que os mataram para que ele vivesse. Por amor foi assim. E isso também libera energia assassina do filho. Agradecer aos irmãos para que esse filho viva. Isso é liberador para todos. A vida desse filho tem um peso. E os pais, são pais de uma família numerosa, e devem assumir cada um desses embriões com amor e gratidão por esse filho vivo.Se não acontecem essas inclusões, esse filho pode ter muitas dificuldades em sentir-se incluído em grupos no decorrer do desenvolvimento da sua vida.

Os sistemas familiares estão a favor dos progressos e avanços, mas precisam do progresso do nosso coração e consciência, para que não criemos novos transtornos e novas doenças. Se você ACEITAR sua esterilidade, não está contra o destino. O desejo dos pais é que seus filhos sejam felizes. O mais felizes possível. O que interfere muito ai, por um lado, são os excluídos. E vimos quantos podem estar excluídos na reprodução assistida. É preciso então, incluir, equilibrar e agradecer. A todos que fizeram parte nessa fertilização. Se não, a criança pode ficar aprisionada nessa falta de equilíbrio entre o dar e o receber.
SOMOS AMOR EM CRESCIMENTO. ESSAS COMPREENÇÕES FAZEM CRESCER ESSE CAMPO DE AMOR E EXPANDIR AS CONSCIÊNCIAS A SERVIÇO DE MAIS VIDA.

Namastê. Consteladora Neiva Klug - A partir das compreensões das Novas Constelações Familiares com Brigitte Champetier de Ribes.
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